sábado, 16 de junho de 2007

A mídia e a parada gay


Pegando uma notícia e vendo-a em três jornais diferentes e em três canais diferentes, vamos ter diferentes interpretações. No entanto, em algumas notícias isso não acontece, como foi o caso sobre a XI Parada do orgulho GLBT. Obviamente cada jornal apresenta de uma forma devido às condições financeiras de cada um.
A Globo, como o canal mais rico, conseguiu manter quase uma onipresença durante todo o tempo da parada. Seus links e câmeras complexas de última geração conseguiram pegar a avenida paulista inteira.
Ora, a Globo passou várias informações para os telespectadores, fez uma grande e bonita propaganda contra o preconceito, mas aí foi o erro: apenas informação nada de conhecimento. A Globo não mostrou o que havia de intelecto por trás da Parada, não mostrou o que é sábio e construtivo, mostrou apenas aquilo que favorecia a seus patrocinadores e a sua Igreja. Informação sem conhecimento torna-se preconceito. Enquanto a Rede Globo dá a mão esquerda para um movimento anti-preconceito, dá a mão direita para alimentar a Igreja Católica, a maior disseminadora desse preconceito.
Séculos e séculos de intolerância nos antecederam tendo como líder a Igreja Católica Apostólica Romana. Massacres e perseguições aos diferentes do povo, aos liberais do povo e às mulheres do povo. Mas a culpa dessa informação sem conhecimento não é exclusivamente católica. As igrejas protestantes, grandes patrocinadoras de Canais como Bandeirantes e Record, têm sua parcela de culpa nessa grande mídia preconceituosa.
A mídia tem distorcido a mente humana desde que foi "criada". Massas têm sido movimentadas pelo que a mídia dita e não pelo seu intelecto. É claro que devemos levar em conta a balbúrdia que se tornou a parada Gay. Se não quer ser julgado, faça por merecer um bom julgamento. Aos homossexuais, pessoas oprimidas por séculos de Patriarcado, só resta pedir que deixem um pouco o prazer de lado e se apeguem mais ao Intelecto e ao Humanismo. Depois apenas gritem: Nós cantamos porque somos felizes!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Pressão da Igreja


Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória que se baseia nos conhecimentos surgidos em determinado momento como se revelassem verdades sobre pessoas ou lugares determinados. Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são o social, racial e sexual.

Ora, o que é um juízo preconcebido se não falta de conhecimento? Infelizmente o mundo está cheio dele, talvez seja a televisão que cria isso, ou talvez seja a religião, as pessoas quem sabe... Não importa. O que importa é que ele existe e pessoas estão sofrendo com isso.

Há um ano eu ouvi a história de um jovem religioso que havia se suicidado pela pressão da igreja a sua opção sexual, então pensei comigo: Como a família desse rapaz está vivendo agora? Talvez eles tivessem conhecimento desse lado do garoto, ou talvez não, o que importa realmente é que o garoto perdeu a vida, perdeu a vida em um caminho em que devia ter ganho a vida, afinal, o objectivo fundamental de qualquer religião é mostrar o caminho para a vida, eu fico pensando até hoje nesse rapaz, o que será que a alta hierarquia da Igreja pensou depois de receberem essa noticia? Será que ficaram constrangidos com tamanho horror? Ou simplesmente acharam que o rapaz havia recebido a paga devida pelo seu erro? Não importa, o que realmente importa é que a vida de um rapaz e de uma família inteira foi destruída por pressão religiosa.

É estranho quando paramos para meditar no preconceito, o que as pessoas sabem sobre a vida alheia? Nada. Simplesmente, nada. É como se assistissem de um camarote alto e distante e tirassem suas conclusões sem serem os personagens da trama. Ainda me perco em pensamentos, como será que é viver na pele deles, dos preconceituosos, e cada dia me sinto mais agradecido por não saber.